quarta-feira, 22 de julho de 2015

Aos que estão “acima da média”

É impressionante como este espírito luciferiano é capaz de transformar um propósito divino em uma tragédia. 

Em Ezequiel capítulo 28.12-18 está registrado:

Filho do homem, levanta uma lamentação contra o rei de Tiro e dize-lhe: Assim diz o SENHOR Deus: Tu és o sinete da perfeição, cheio de sabedoria e formosura. Estavas no Éden, jardim de Deus; de todas as pedras preciosas te cobrias: o sárdio, o topázio, o diamante, o berilo, o ônix, o jaspe, a safira, o carbúnculo e a esmeralda; de ouro se te fizeram os engastes e os ornamentos; no dia em que foste criado, foram eles preparados. Tu eras querubim da guarda ungido, e te estabeleci; permanecias no monte santo de Deus, no brilho das pedras andavas. Perfeito eras nos teus caminhos, desde o dia em que foste criado até que se achou iniquidade em ti.  Na multiplicação do teu comércio, se encheu o teu interior de violência, e pecaste; pelo que te lançarei, profanado, fora do monte de Deus e te farei perecer, ó querubim da guarda, em meio ao brilho das pedras. Elevou-se o teu coração por causa da tua formosura, corrompeste a tua sabedoria por causa do teu resplendor; lancei-te por terra, diante dos reis te pus, para que te contemplem.  Pela multidão das tuas iniquidades, pela injustiça do teu comércio, profanaste os teus santuários; eu, pois, fiz sair do meio de ti um fogo, que te consumiu, e te reduzi a cinzas sobre a terra, aos olhos de todos os que te contemplam. Todos os que te conhecem entre os povos estão espantados de ti; vens a ser objeto de espanto e jamais subsistirás.”

É impressionante como este espírito luciferiano é capaz de transformar um propósito divino em uma tragédia. Lúcifer, o “Portador de Luz” foi criado para estar em evidência sobre toda a criação que o próprio Deus fizera, é claro no texto. Teve o privilégio de estar no jardim no Éden, o ponto de encontro do Criador, foi ornado de sabedoria e beleza qual nenhum outro par seu.

Era sua beleza mais radiante que se sobrepunha às pedras preciosas e ao ouro. Foi estabelecido como o guardador dos tesouros eternos e assim permaneceu até o dia em que surtou. Sim, Lúcifer foi tão intoxicado pela glória que o envolvia, tão embriagado do resplendor, que sentiu-se pouco como criatura, quis estar acima do próprio Criador, acima das estrelas, fundar um novo trono concorrente ao de Jeová e por fim assenhorar-se da própria Congregação Celestial e ser a nova versão do Altíssimo.
Bem, o final da história sabemos qual foi. O protótipo, por abiogênese, do mal estava auto estabelecido. Não restou outra solução a não ser lança-lo fora da presença de Deus.

Recentemente uma história semelhante teve lugar entre nós. Um surto gospel musical luciferiano. Mais um entre tantos outros que já passaram meteoricamente. O ser em questão resolveu não mais atuar em meio ao utópico reino das celebridades gospel.

Segundo ele, uma revelação o classificava como um iluminado, alguém que era bom demais para somente andar sobre perdas afogueadas celestiais, deveria alçar voos mais altos, sair das altitudes medíocres e sobrevoar aquelas que só os escolhidos para brilhar poderiam alcançar.

A fama o chamava, não poderia mais resistir aos seus encantos. Não é de se estranhar esta atitude de alguém que prefaciou sua própria versão bíblica, talvez por se sentir digno de ter seu nome elencado entre a Triunidade, alegando ser um atrativo para jovens que não gostam de ler a Palavra de Deus.

Não bastando sua egolatria, achando-se o melhor, o mais caro, o mais inteligente, etc, cria um ídolo de sí mesmo, sim, um boneco que, claro, carrega o seu nome. Os sábios sempre nos ensinam: “É melhor aprender com o erro dos outros do que com os nossos.”

Entretanto alguns preferem aprender com os seus próprios surtos. Lúcifer teve um fim trágico, foi para o inferno, o profundo do abismo. Quanto ao rebelde, ainda há esperança que se arrependa e volte à casa paterna, ainda que abaixo da média.

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