quarta-feira, 8 de abril de 2015

Crise afeta arrecadação de dízimos em igrejas católicas e evangélicas

Os gastos das famílias aumentaram e com isso não sobra dinheiro para entregar na igreja 

Igrejas católicas e evangélicas estão sentindo a crise financeira do país em suas arrecadações, segundo uma reportagem do Correio Braziliense. O jornal afirma que com as contas mais altas, os fiéis estão doando menos e até eventos como venda de rifas e de refeições diminuíram nesses primeiros meses do ano.

Alimentos, conta de água, conta de luz e gasolina estão mais caros e o resultado dessa inflação tem feito com que as famílias brasileiras fiquem ainda mais endividadas.

Nos primeiros três meses de 2015 os lares comprometeram 46,35% da renda acumulada em 12 meses com débitos, segundo dados do Banco Central. Para se ter uma ideia das dificuldades financeiras dos brasileiros, a Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC) realizou uma pesquisa que mostra que seis em cada 10 lares brasileiros fecharam o mês de março enrolados em dívidas com cheques, cartões, carnês ou qualquer outro tipo de empréstimo.

Quem comentou sobre a baixa nas arrecadações de ofertas foi o padre José Emerson Barros, da Paróquia Santíssima Trindade, em Ceilândia. “No ofertório das missas, ainda percebemos que há muita generosidade, mas quando fazemos alguma atividade extra que pede a contribuição, o pessoal já não ajuda tanto, devido à perda do poder aquisitivo”, disse.

A diminuição de arrecadação é vista em igrejas localizadas em áreas nobres e pobres de diversas cidades, mas entre os mais ricos a queda da receita tem sido maior, de acordo com o jornal.
“De maneira geral, as pessoas andam pensando duas vezes até mesmo na hora de pagar o dízimo. Não é como antes, sem dúvida”, afirmou o padre Carlos Sávio Ribeiro que é pároco em uma igreja frequentada pela classe média alta em Natal (RN).

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