Quase todas as vezes que artista gospel aparece em um programa de
televisão de grande audiência, cria-se uma expectativa que ele/ela usará
a oportunidade para testemunhar de sua fé. Invariavelmente isso não
acontece e o público evangélico reclama do artista. O pior é quando eles
se comportam como qualquer músico apenas interessado em mostrar o seu
trabalho e falar do seu sucesso.
Quarta (10/7) foi a vez do cantor Thalles Roberto se apresentar no programa do Ratinho,
do SBT, na versão musical semanal chamada de “Boteco do Ratinho”. Como
é costume, o apresentador não conhecia muito da carreira do artista e
mencionou apenas os trabalhos que ele fazia antes da carreira gospel. No
caso, suas passagens como backing vocal dos grupos Jota Quest e Jamil e
Uma Noites.
Entre um comentário e outro, Ratinho e a plateia
ouviram as músicas “Sejam Cheios do Espirito Santo” e o sucesso mais
recente de Thalles: a controversa "Filho Meu".
O vocabulário “envangeliques”, indecifrável para o grande público,
marcou a participação de Thalles, com direito a dançarinas rebolando em
trajes minúsculos ao som da música de louvor.
Ao contrário da
enxurrada de criticas que recebeu nas redes sociais, o cantor usou sua
conta no Facebook, para comemorar, deixando claro que está ciente das
críticas:
“Foi incrível, Muita unção. Milhares de testemunhos.
Tive a oportunidade de ouvir do Ratinho que ele NUNCA recebeu tantos
pedidos de pessoas pra levar alguém no programa como ele recebeu pra me
levar! No final ele disse: ‘o Brasil gosta muito de você’. Sabe o que é
isso? O povo está com sede de DEUS!!! Vou continuar DO MEU JEITO falando
do evangelho que mudou a minha vida. Sem religiosidade. Sem conversinha
fiada e sem nhem nhem nhem. ALELUIA!”, postou.
O teor da mensagem
deixa claro que a “explosão” do movimento gospel na mídia nos últimos
tempos ainda tem muito fôlego. Basta lembrar as participações recentes
de artistas evangélicos em programas como Raul Gil, Caldeirão do Huck,
Encontro com Fátima Bernardes e no próprio Ratinho. Infelizmente,
classificados pelos evangélicos quase sempre como “oportunidades
pedidas”.
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